sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Hex Tax Rickshaw Race!

Para terminar o ano deixando meu blog atualizado vou contar algumas coisas interessantes que fizemos e que não consegui postar por aqui...

Hex Tax Rickshaw Race!



Mais uma vez a idéia de fazer uma corrida de Rickshaws só poderia ter vindo da cabeça desocupada do Karol! E mais uma vez todos toparam! 

O lugar: Hex Tax!


Hex Tax é o nome do nosso condomínio! Agora me perguntem o nome da rua... não tem! Para qualquer ser humano achar esse lugar é um parto! Não há sinalização alguma na avenida sobre a nossa existência o que torna a nossa vida um tanto mais divertida, principalmente quando se precisa de taxi ou pedir comida!

Competidores:

Tivemos a presença de vários países: Brasil, Polônia, Espanha, India, Argentina, Alemanha, Itália, Estados Unidos/ Canadá (uma americana que tenta se salvar fingindo ser canadense!), Escócia, Iraque e mais algum que não vou lembrar!



Os veículos: Rickshaws



Como conseguir rickshaws para a corrida??? Vá até a avenida e espere algum aparecer e ofereça IRS200  (cerca 8 reais) para ficar com o rickshaw umas duas horas! 

Acidentes:

Tivemos dois acidentes e alguns problemas com os rickshaws!
Vale a pena contar da proeza que o Sasha (ucraniano que dividia o quarto comigo) conseguiu fazer! O ser humano conseguiu bater em um carro estacionado!

Sasha se recuperando dos ferimentos enquanto o Rickshaw é rebocado da pista de corrida!

Público: 

A plateia de fato ajudou a fazer o evento ainda mais especial!

Que vaca que nada! Aqui na bela Gurgaon quem domina são os porcos!

Staff do condomínio ganhou lugares vips!

Vencedores: 

Tanto do lado feminino como do masculino venceram os indianos! Segundo a Paula eles tiveram mais tempo para praticar!

Brasileiros com os vencedores!
Perdedores:

Perde não é fácil! Agora perder três vezes deve significar alguma coisa...



Eu consegui perder todas as vezes que competi, inclusive quando estava competindo fora de hora! Mas não havia porque me chatear... muitos outros perdedores se juntaram a mim com o passar da corrida...

Ainda antes de acabar o ano fizemos uma noite de poker com direito a whiskey e charutos! Posso dizer que a vida aqui tem seus momentos!

Feliz Ano Novo!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Feliz Natal, Feliz Navidad, Eguberri on, Merry Christmas, Boze Narodzenie, क्रिसमस की शुभकामनाएँ Cristmas ki shubhkamnaye

Eu sabia que iria ser difícil passar meu primeiro natal sem a minha família, mas confesso que a minha família Chapati tornou tudo bem mais fácil!

Dia 24 amanheceu e todos em casa estavam ocupados! Pessoas cozinhando ou limpando... bem similar ao que seria na minha casa no Brasil!

Cada um preparou algo especial! Eu fiz salpicão de frango (receita da mamãe) e brigadeiro! Tentei fazer pavê de pêssego como sobremesa mas consegui queimar o creme sabe lá Shiva como... 

A Paula preparou suas famosas Tortillas! O Andrew e Michal fizeram cerveja quente com maçã e canela (juro que é uma delícia!) e por aí foi!

Mas a estrela da noite mesmo foi o prato principal!

Tandoori Bakra

Cordeiro inteiro recheado com frango, arroz, ovos, frutas secas, pimentas e etc.



Como podem ver o bicho veio inteiro mesmo...  pescoço, perna, costelas...

A carne estava se desfazendo na boca, simplesmente pefeito! E como meu pai mesmo disse, ganhamos na loteria, rechear carne com carne é uma idéia maravilhosa!!!

Cordeiro parcialmente cortado! Não me pergunte o porquê das velas... eu moro com gente muito estranha

Eu e Karol comendo o cordeiro delicadamente

Parando de falar só de comida, meu natal foi muito especial porque tive a oportunidade de comemorá-lo duas vezes!

A primeira com a minha família Chapati e com mais outros amigos queridos!

Michal, Paulita, eu e Andrew! Faltou o Chico só para nossa Chapati Family estar completa!

Brasileiros na India

Todos juntos para a foto!!!

E a segunda com a minha família (as 7 horas da manhã aqui na India) por skype! Tiraram até foto comigo!!!!

Amanhã vamos rumo ao deserto do Rajasthan em Jaisalmer para passar o ano novo!

Para todos que não estarão conosco... FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Churrasco Indiano

Estou em casa sem muito o que fazer quando o Karol (nosso vizinho do Hex Tax North) me liga perguntando se eu toparia comprar carne de vaca! O primeiro impulso foi dizer sim, mas depois da euforia você começa a pensar e a questionar...

Onde diabos esse polonês irá encontrar carne de vaca???

Segundo ele o esquema é o seguinte: tem um amigo dele que conhece um amigo que conhece esse cara que aparentemente é um muçulmano e não liga muito para as vacas e consegue fornecer carne de vaca. Agora quando eu perguntei a procedência da carne...
Karol: Ask no questions. here no lies

Assunto encerrado!

Conversa com um, conversa com outro... de repente temos os dois Hex Taxs (o nome do nosso condomínio) e mais uma boa gente de Delhi envolvidos no esquema da carne de vaca! Tínhamos as ferramentas e a vontade, resolvemos então fazer um churrasco em casa! Na verdade foi no Hex Tax North o que foi  muito bom já que o meu apartamento vem enfrentando algumas conspirações por parte de outros moradores... algo relacionado a barulhos, festas...

Voltando ao churrasco...

Estava tudo certo, 10 kg de carne de vaca separados para chegar sábado a tarde! Porém, foi somente quando o Chico me ligou perguntando se eu já havia ouvido falar do famoso churrasco polonês que eu me toquei do risco que estávamos correndo! Deixamos na mão de um polonês que mora na India ha quatro anos a responsabilidade de fazer o churrasco...

No minuto seguinte eu e o Chico demos um golpe de estado e tomamos as rédeas desse evento!

Conversa entre eu e o Karol, o começo do golpe de estado:

Mariana: Primeiro, precisamos de carvão, sal grosso e uma boa faca... calma aí... a carne vem cortada como? PELOAMORDEDEUS não me traga carpaccio pra essa casa. A carne tem que estar grossa 

Karol: Carvão eu acho que sei onde comprar. Nunca vi sal grosso por aqui. A gente tem faca mas não estão afiadas e eu não faço a menor idéia de como as carnes virão... calma aí... a carne chegou
(pausa)
Karol: Vieram dois pedaços grandes inteiros!

Mariana: Como assim? Não são DEZ quilos de carne!??????

Karol: sim

Mariana: Fudeu

Paula e Maria Suzana segurando os pedacinhos de carne que compramos!
Preciso nem falar que na carne tinha de tudo... artéria, gordura, parte escura, parte clara.... Estava um caos eeee não tínhamos faca! Olha que eu passei o dia olhando no youtube como fatiar a carne corretamente! Eu já fiz isso antes claro, isso faz parte do manual básico de sobrevivência fornecido pelo meu pai, porém eu nunca realizei tal tarefa sem a supervisão de um adulto. Mas nessa hora pouco adiantava... nem faca tínhamos!

Mas como meu pai sempre diz "Não precisa ser rico, basta conhecer alguém que seja"! Aqui na India é muito verdade! Temos um amigo brasileiro que não é da AIESEC e que, portanto, está melhor que nós por aqui! E não é que o camarada tinha faca e ainda foi o açougueiro da noite! Agradecimentos especiais ao Gabriel!

Eu até poderia continuar descrevendo as bizarrices que aconteceram nesse dia como o tamanho da grelha, o carvão, o tempero da carne... mas ai eu não parava de escrever nunca! Melhor botar foto mesmo!

George Foreman não contava com essa belezura!

Quase portátil, design único, essa churrasqueira está entre os objetos de luxo do nosso dia a dia! 
Seguindo a tradição familiar!

Final da noite com show de capoeira!
Faltou pouco para ser um verdadeiro churrasco brasileiro... coisa pouca como sal grosso, música sertaneja, cachaça, cerveja gelada, linguiça, coraçãozinho, picanha, pão francês... Mas juro que na abstinência de carne de vaca que estávamos foi um dos melhores churrascos que já fui na minha vida!

Amigos brasileiros, nunca se esqueçam de agradecer a picanha nossa te todo dia!

Próximo Post eu escrevo sobre a nossa corrida de Rickshaw!!!

FELIZ NATAL PARA TODOS!


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

100 dias

Quinta-feira passada completei 100 dias de Índia!
Acreditem em mim quando eu digo que não estou contando. Aliás, é difícil de perceber o tempo da mesma forma que antes. Tudo é intenso e há dias que tenho a impressão de estar aqui a minha vida inteira, e há dias que me assusto de já ter passado tanto...
Tantas coisas aconteceram e bem poucas consegui retratar aqui no Blog. Mas quem já passou por um intercâmbio sabe que as melhores partes você nem tenta reproduzir.
Hoje fazem 3 meses e 11 dias, 104 dias, 2.496 horas... é bom parar um pouquinho e olhar por tudo o que já passei...

Primeira Moradia

Chico e Paula
Meu primeiro lar dividido com o Chico e com a Paula, na época apenas dois estranhos passando dificuldades comigo. Eu tinha medo de sair do quarto sozinha e me assustava quando as pessoas ficavam me encarando na rua. Apesar do calor só andava de calça jeans e lenço cobrindo a cabeça. Minha alimentação era baseada em fast food e salgadinhos.

Primeiras festas e amigos

Jesus (Colombia) Basia (Polonia) Chico (Brasil) eu, David (Espanha) Vanessa (Brasil)
Demorou mas encontramos mais trainees na perdida cidade chamada Gurgaon. Foram nossos primeiros contatos com civilização e com certeza nos ajudaram muito a perder um pouco do medo que sentíamos.

A segunda moradia... o porão!

Porão

Apesar de ter reclamado tanto tive ótimos momentos no porão. Não voltaria para lá de forma alguma mas foi naquele cativeiro que comecei a vivenciar mais a Índia!

Um amor para a vida inteira

Eu e Vanessinha comendo Chapati!
Assisti esses dias “Antes do amanhecer”. O filme é gostoso de assistir e nos faz refletir sobre momentos e pessoas que nos marcam para o resto da vida independente se o reencontro irá acontecer.
A Vanessa foi exatamente isso para mim aqui. Foi apenas um mês convivendo todos os dias juntas mas sinto falta dessa maluca todos os dias desde então!

Taj Mahal e Jaipur

Vanessa e eu no Taj

Andrew, Vanessa, eu e Marika (a turma do porão!)


Viagens com pessoas maravilhosas para lugares incríveis. Andar de elefante, ver o Taj Mahal, conhecer Jaipur...

As primeiras despedidas

Despedida da peruana Alessandra



Não demora e as pessoas começam a partir. Vanessa, Marika, Alessandra, Basia, David, Jesus e não para... Não importa quem seja, se conviveu muito ou pouco, dizer adeus é sempre difícil... 
A gente força um até logo e sempre mantém aquela história de que “caso venha para o país X já sabe quem procurar”, “Você também tem que me visitar...”. Mas todos sabemos como é difícil manter contato.

Finalmente um lar

de pé da esq para direita: Chico, Andrew, Javed, Sasha, Alex. Sentadas: Alexandra, Paula e eu
Famoso Hex Tax C303


Demorou mas encontrei meu teto para morar. Mas além de paredes, janelas, cozinha, cama e banheiro encontrei uma família!
Como em qualquer casa temos brigas, problemas, risadas e todo o tipo de loucura! Tem aquecedor que quebra e fica só um banheiro para 7 pessoas. Tem comida que some. Tem dia de lavar roupa e tem gente que se recusa a lavar qualquer coisa...
Mas independente do que aconteça estamos juntos. E depois de uma segunda-feira caótica saber que você vai voltar e ter alguém pra conversar é sempre bom.

O trabalho

Caminhão TCI

Não demorei para aprender que a cultura de trabalho aqui é muito diferente do que estamos acostumados. Não se encontra trainee 100% feliz com o trabalho e não é porque a empresa é ruim ou algo do gênero, simplesmente é totalmente diferente.
O ambiente competitivo capitalista não é o mesmo aqui. A situação dentro dos escritórios parece muito mais estável mas não no bom sentido. Novas propostas são sempre ouvidas, mas serem implementadas é outra história. Não demora muito e a motivação fica guardada na mala para ser usada em viagens e outras ocasiões especiais. A regra é permanecer vivo até o fim para aproveitar o resto!
Não é tão ruim quanto parece, mas é um outro estilo de trabalho em que você aprende muito também. Diferente da mentalidade ocidental que compete com seu vizinho, seu amigo e até a sua sombra aqui o trabalho aparece como um complemento da vida e não o fim e si mesmo. As estruturas são tão rígidas e a meritocracia tão pouco usada que o trabalho é modo de subsistência. Claro que não é uma regra, mas na minha limitada visão foi isso que pude observar.
Ao mesmo tempo que a estrutura parece acomodada, la fora existe no mínimo 10 para fazer o mesmo trabalho que você cobrando menos. A troca de funcionários é constante aqui. Porém a mudança é basicamente horizontal e não vertical. Promoções e aumentos até onde eu compreendi são uma utopia.

Jaipur 2 e Rishikesh

Galera de Jaipur

Rishikesh - galera no Ganga

Viajar se torna um vicio! Aqui criamos uma rotina mas não podemos dizer que a vida é monótona. Porém as viagens revitalizam a vontade de ficar e aprender mais. Reforça laços de amizades, cria outros novos e como uma nova lua-de-mel voltamos mais apaixonados pela Incredible Índia!

E agora?

Pensando bem não passou muito tempo desde que cheguei. Pela proposta inicial estaria na metade do meu intercâmbio e já deveria estar me despedindo para seguir meu caminho para Cingapura.
Mas não quero dizer adeus... quero ficar! Quero continuar andar de Rickshaw, quero continuar a ler Bhagavad Gita e tentar entender mais sobre a cultura e religião, quero continuar ao lado da minha nova família, quero viajar mais, conhecer mais pessoas mas acima de tudo, quero me desafiar mais, e nunca estive em lugar que conseguisse fazer você olhar para si mesmo e refletir tanto como aqui. Tenho a certeza que não é somente a experiência do intercâmbio porque muitas das pessoas que conheci já moraram em muitos outros lugares e dividem a mesma opinião.
Eu achava que havia me apaixonado pela Índia e que como qualquer outra paixão você não se explica. Mas isso não é verdade. Os mesmos motivos que me faziam ter medo de sair do quarto quando cheguei são os motivos que me fizeram amar esse lugar. OS DESAFIOS!
Parte da magia que é esse país é a falta de planejamento. É impossível prever o dia de amanhã e minha situação não é diferente! Quanto tempo eu ainda vou ficar, se vou para Cingapura, se vou mudar de empresa, não sei dizer... Sei o que eu quero e estou batalhando para conseguir.

Mas como o filósofo Jagger já dizia: “You can’t always get what you want. But if you try sometimes, you Just might find you get what you need”.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Rishikesh


Final de semana passado foi feriado aqui na India (prometo explicar o motivo do feriado posteriormente). Mas o que importava para nós (estrangeiros) era um dia de folga e a oportunidade de viajar!
Com ajuda do meu vizinho polonês (que está na India há cerca de 4 anos), "organizamos" a viagem para Rishikesh, cidade sagrada aos pés do Himalaia. 

A ida...

Estávamos em 15 pessoas (grupo grande de novo...), quinta-feira a noite olhando para a estação de ônibus!

Estação de ônibus
Como eu disse anteriormente era feriado e, aparentemente, nós não fomos os únicos a ter a brilhante idéia de viajar. Para ser bem honesta isso não era mais que o esperado já que o feriado em questão (Diwali) é equivalente ao nosso natal sendo crucial passar as festas com a família!
O preço do ônibus para ir até Rishkesh (cerca de 250 km de distância) é de 250 rúpias, ou seja, algo em torno de R$ 10,00. E o conselho dado pelo Karol (nosso guia experiente) foi mais ou menos isso:

"O ônibus vai chegar e a gente não sabe muito bem aonde, mas vamos ter que correr para pular no ônibus. Não há como reservar assentos no ônibus então abram os braços para ajudar a dar espaço para os outros e tentem garantir seus lugares ou passarão cerca de 6 horas de pé"

Reparem que o ônibus não é só lotado dentro...
 Devido ao feriado a frequência dos ônibus estava menor (o que não faz sentido) e tudo estava tão lotado que jamais conseguiríamos colocar 15 pessoas em um mesmo ônibus sentadas ou de pé!
Karol e outro amigo (que está aqui há 2 anos) foram negociar um "ônibus" particular! O preço subiu para 700 rs (R$ 27,00) mas só de saber que eu teria um lugar garantido valia a diferença!
Bom.. a verdade era que só cabiam 13 pessoas no ônibus e nosso motorista estava completamente bêbado! 
Era rir para não chorar! E de fato foi uma situação muito engraçada já que ao começarmos reclamar do motorista, o "gerente" da famosa lotação veio checar a veracidade das informações! Sabe aquele teste clássico que a mãe da gente faz quando chega em casa derrubando as coisas e falando alto??? Então, o famoso bafômetro caseiro! Diferente da minha mãe, o "gerente" não estava apto para realizar o exame. Motivo: o moço também estava bêbado!
Com mais conversa e muita paciência conseguimos mudar de carro e de motorista! A viagem foi tranquila... o motorista só parou 182 duas vezes ... o que considerei muito responsável, já que o motivo das inúmeras paradas era que ele estava exausto! Os 250 km foram percorridos em aproximadamente 8 horas! Quase um recorde de velocidade!

Finalmente Rishikesh!

Chegamos na cidade e ainda tínhamos que andar até nosso acampamento! 
A estrada era estreita e cheia de curvas o que deixa tudo mais divertido para quem esta na caçamba do carro!!!!

Paula, Karol e Alirio

Eu e Chico

Nosso acampamento era do outro lado do Ganga (rio Ganges) e o único acesso é de "barco" mesmo!
O lugar é incrível!

Em direção ao acampamento

Nosso acampamento
Não demorou muito para todos pularem na água, extremamente fria diga-se de passagem!

Quase todo mundo dentro do Ganga
Até arrisquei andar de caiaque! 

Praticamente profissional

Após o almoço (delicioso, by the way!) resolvemos fazer "tracking", ou seja, subir uma das montanhas a nossa volta! O guia nos disse que era cerca de meia hora e blá blá blá blá... eu só ouvia "se fudeu"! 
Antes de falar do tracking é bom deixar claro o quanto eu odeio andar! Sim... eu odeio andar! Agora subir montanha então... Eu sou do tipo de pessoa que dorme na sala para não ter que subir a escada para o quarto! Subir montanha definitivamente não é minha definição de divertimento! Mas vamos lá... 
Puta que o pariu!!!!!
O maldito do guia levou a gente pra escalar a merda do K2! Aquela montanha não tinha fim nunca! Sem contar que não demorou para eu ficar "ligeiramente" afastada do resto do grupo! 
Mas não estava preocupada com isso! Cada um tem o seu ritmo! O meu era um pouco mais lento,  aproveitando a vista, realizando algumas paradas para impedir um derrame ou algo do gênero.

Corrado esperando eu e Anu voltar a vida
Eu super feliz com o exercício!
Enquanto eu tentava dar mais 5 passos antes de descansar mais um pouco, Corrado decide fumar....
Não consegui chegar no topo! Desisti quando o grupo começou a descer...
A noite todos bebiam em volta da fogueira e eu, como uma boa atleta, fui dormir cedo... sedada por dorflex!!! 
Dia seguinte fomos fazer rafting no Ganga, 27 km percorridos!

Rafting time
Claro que tivemos um intenso curso sobre segurança e etc:
"Ponham os salva-vidas, o capacete e segurem firme o remo! Caso vocês caiam na água não entre em pânico e não largue o remo!" 
Curso feito!
Não me lembro de ter me divertido tanto! 

Todos na água acompanhando a corrente do rio!
Passamos praticamente o dia inteiro remando, nos divertindo e vendo paisagens lindas!!!



A última noite passamos no vilarejo em Rishikesh mesmo! Infelizmente não conseguimos aproveitar a cidade já que decidimos pegar o onibus cedo! Mas com certeza vou voltar para passar uns dias conhecendo a cidade!


Rishikesh é conhecida pelos seus centros de yoga e meditação

Ponte para o vilarejo!
Cenário da rede globo??? 
Paula super "tranquila" com a presença do macaco!